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A Sabedoria Cósmica de Maitreya

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A exaltada figura do Buda Maitreya tem sido representada sob dois aspectos principais: a sua aristocracia espiritual e a sua sabedoria cósmica. A sua “nobreza” temos já explicado através de suas diferentes Missões em função das energias da atual transição planetária, e a questão da sua sabedoria na verdade também pode ser compreendida em termos semelhantes.

Iniciemos porém com uma citação de palavras do Buda Gautama sobre a vinda do futuro Buda Maitreya:

“No devido tempo, irmãos, virá ao mundo o exaltado Buda Metteyya (Maitreya), levantarse-á guiado por sabedoria e bondade em abundância, com a Ciência dos Mundos, insuperável como um Guia para os mortais, aos quais conduzirá como um Mestre dos deuses e dos homens. Será um exaltado Buda assim como sou neste momento. Ele, por sí só, conhecerá e verá plenamente a natureza deste universo, com seus mundos dos espíritos, seus brahmas e maras, e seu mundo de solitários e brâmanes, de príncipes e povos, assim como eu neste momento, por si só, o conheço e os vejo por completo.” (Digha Nikaya)

Podemos quiçá resumir tal apologia nas palavras “Ciência dos Mundos”, em alusão a uma Astrologia Cósmica de grande precisão e eficácia. De fato todas as restantes referências convergem de algum modo para esta definição inicial, uma vez que o conhecimentos dos ciclos e dos planos da evolução inclui as suas Entidades. O texto citado é sintético mas reporta-se positivamente a alguns dos maiores mistérios da espiritualidade, e também seus contrastes, como “brahmas e maras”, ou deuses criadores e deuses destrutivos, “solitários  e brâmanes” referente a Budas e sábios, e “príncipes e povos” em alusão às hierarquias sociais. Trata-se pois de conhecimentos necessários ao bom cumprimento das Missões de Maitreya, em termos de Cosmologia, Angeologia e Sociologia, entre outros. Assim Maitreya será um Sábio cósmico e um grande Astrólogo planetário, trazendo plena luz sobre os mistérios do Relógio Cósmico. 

Maitreya é com efeito o grande codificador do Relógio Cós-mico, seguindo as sugestões dos seus preceptores e as indicações das antigas tradições. Além de reunir devidamente os ciclos ele também realizou os ajustes adequados para tornar este Relógio realmente lógico e funcional. Raramente os ponteiros do Relógio Cósmico têm sido reunidos devidamente desde os tempos atlantes, e menos ainda alcançado efetuar o ajuste fino entre os seus ciclos, possibilitando uma visão clara, coerente e integrada da evolução da humanidade. É aqui onde podemos dizer, contrapondo certo ditado, que Deus está nos detalhes. As informações básicas já se encontravam no mundo porém era preciso reunir e sobretudo sincronizar as esferas. E para isto também foi preciso reunir informações advindas de diferentes tradições até alcançar os resultados almejados.

O Relógio Cósmico representa porém apenas o calendário central e a grande síntese manifestada por Maitreya, como resultado de anos de intensas investigações em torno do universo da astrologia esotérica e dos calendários tradicionais do mundo inteiro. Maitreya também organizaria outros calendários importantes para fins específicos, sobretudo de teor social voltado para a evolução da nova raça raiz.

Maitreya vem resgatar portanto os Saberes perfeitos primordiais da Hierarquia. Trazendo um ecumenismo verdadeiro e essencial para todo o mundo, Maitreya ensina sobre a evolução da humanidade de forma plena e primorosa. Um aspecto muito importante em relação aos seus Ensinamentos é que toda a sua vasta obra está objetivamente edificada sobre a Ciência Iniciática: raças, rondas e castas... tudo sempre tem por base a espiritualidade dos estágios evolutivos humanos, hierárquicos e divinos.

Estes fatos seriam porém novidades para o mundo?! Não de todo, porque uma vez mais temos aqui claras referências aos Dharmas espirituais da Raça Árya. Estamos falando pois dos Adeptos de quinta iniciação que coroaram a Hierarquia espiritual desta humanidade. Tal energia de quintessência foi empregada então para forjar a síntese da verdadeira Civilização, como uma espécie de sistema iniciático coletivo, o qual teve quiçá o seu melhor exemplo no sistema social da Índia védica e brahmanista, sobretudo nos termos puros em que foi implementado lá nas suas origens.

Toda esta rica e pulsante experiência histórica desagua hoje de maneira um tanto surpreendente para servir de base para os ciclos cósmicos da humanidade que se aproximam. Sendo também muito importante como referência para os Mistérios de Maitreya e para tudo o mais que ele simboliza e antecipa.

Pois Maitreya traz revelações de maravilhas que a humanidade jamais imaginou ser possível conhecer. Maitreya traz a perfeita doutrina tântrica de harmonia dos contrários, por isto ele também é conhecido como Padmani, “Lótus-Joia”.

Talvez o grande diferencial seja -à parte naturalmente o resgate de muitos saberes perdidos nesta e em outras áreas- em função da aberta divulgação que receberão doravante estes enaltecidos saberes, até então tidos como secretos ou sigilosos. Uma das razões desta abertura, será justamente a chegada de um grande ciclo planetário fundado em tais energias, permitindo a socialização destes conhecimentos, e que será o nosso tema a seguir. 

1. A Quinta Ronda

O estudante atento da Teosofia, sabe então que vivemos atualmente a Quarta ronda Planetária. Trata-se neste caso das grandes subdivisões do Ano Cósmico, ou seus arcos de tempo também chamados de Manvantara e Pralaya na linguagem hinduísta.

Em decorrência tais coisas também afetaram as missões que todos os avatares desta Ronda vieram realizar no mundo. Em função do teor quaternário desta ronda, tais avatares estiveram muitas vezes marcados pela energia mais passiva do sacerdócio e da religiosidade, da dor e do sacrifício, da resignação e do serviço, da expiação e da devoção, através das energias da cruz espiritual. Assim como pela energia do romantismo, da arte e da beleza, naquilo que podemos definir como Mistérios Órficos e Ctônicos Primais. Em síntese, a imagem dos avatares era aquela de um grande Sacerdote Cósmico, tendo como protótipo principal deste ciclo a imagem de Sanat Kumara, cujo atributo de “Eterno Sacrifício” traduz bem este princípio.

Não obstante eis que este quarto arco do tempo cósmico, que foi também um Manvantara ou ciclo cósmico de civilização, se encerra na atualidade, pois integra o segundo Kalpa ou Ano Cósmico ora em conclusão. Com isto, estaremos agora inaugu-rando a Quinta Ronda de evolução da espécie humana, que será ademais um Pralaya ou ciclo de naturização. Ora, a quinta inici-ação é aquela do Adeptado, dos Mestres de Sabedoria, que são verdadeiros videntes cósmicos. Daí as altissonantes referências das profecias budistas sobre a exímia e perfeita sabedoria que Maitreya manifestará.

Com efeito -e para encerrar este tema com “ares sapienciais”, o conhecimento técnico e simbólico representa também uma característica da nobreza espiritual, nos termos do Ocultismo ou dos Saberes Ocultos. É bem conhecido o famoso sermão silencioso do Buda Gautama onde ele meramente apresenta um Lotus em sua mão. Analogamente Maitreya poderia apresentar um sermão mudo mostrando apenas uma forma geométrica, quiçá um dodecaedro que para Platão era a forma regular de simbolismo mais avançado das energias, ou mesmo um icosaedro, já que ambas trazem referências cósmicas importantes para os novos tempos. 

Da mesma forma como um lótus poderia induzir ao intuir-sentir, uma forma geométrica poderia levar ao intuir-saber. No simbolismo tradicional, muitas vezes as flores substituem com efeitos geometrias sagradas. De modo que ciência está para a nobreza espiritual assim como a mística está para o sacerdócio religioso.

Durante toda a Era de Peixes ou mesmo além o Conhecimento foi tratado como um tabu, por afastar supostamente de Deus. Neste sentido uma das grandes tarefas de Maitreya é rearmonizar estas dimensões humanas e da espiritualidade, equilibrando a fé e a gnose, sob os marcos do Perenialismo.

Conhecimento é magia e iluminação, porém a verdadeira ma-gia está na realidade, quer dizer: no conhecimento verdadeiro, porque a realidade é mágica e é iluminada. Somente a Verdade tem a força do Ser e do Realizar. Apenas a Realidade é construtiva e edificante. Tudo isto Maitreya vem demonstrar ao oferecer um conhecimento verdadeiro reunido à sabedoria.

2. O Pantocrator

São conhecidas as grandes virtudes divinas de onipotência, onipresença e onisciência, podendo-se ainda acrescentar a onisenciência, o poder de tudo sentir. A Trindade divina divide entre si estas virtudes, caracterizando melhor o Deus Pai o poder, o Deus Filho o amor e o Deus Espírito a sabedoria. Por consequencia, os avatares também personificam uma ou mais destas virtudes, qui-çá acumulando-as paulatinamente.

Vale dizer então, que a interpretação dos atributos divinos pode variar. A onisciência, por exemplo, pode se referir a uma sabedoria universal, e não a um “saber de tudo”. A onipotência, pode significar o poder de atuar nas mais diversas frentes, e não alcançar realizar toda e qualquer coisa. E a onipresença, em complemento aos anteriores, pode representar o fazer-se presente em todas as situações realmente importantes da vida, assim como a um possível sentido de ecumenismo. Quando à onisenciência, está muito relacionada à compaixão, a capacidade de ser solidário e sensível às necessidades de todos. Tais coisas poderiam até sugerir uma condição “além do bem e do mal”, quiçá uma expressão tântrica ou, mais acertadamente, algo ainda mais elevado.

Observando as profecias, não é tão fácil qualificar a virtude dominante do avatar aguardado, uma vez que os mitos se dividem nas suas atribuições. O Kalki Avatar e o Cristo do Apocalipse podem ser vistos como um guerreiro, coisa que pode corroborar a ótica ortodoxa do Pantocrator, o “Todo Poderoso”. 

Mas Maitreya costuma estar associado à compaixão e à sabedoria. Isto nos leva a considerar a questão racial, pois a Sexta Raça-raiz que inicia agora, corrobora esta energia amorosa que não deixa de resgatar aspectos da Era de Peixes. Embutido neste conceito, existe uma importante questão quaternária, por se tratar esta entrante quarta raça propriamente humana, reforçando assim o Quarto Raio do reino humano, com sua energia de amor, arte e da magia, assim como de busca de harmonia; e que certamente não deixará de caracterizar a energia do novo Messias, quiçá com o atributo da onisenciência. O jarro do aguador pode remeter ao quarto centro ou o coração espiritual, e ainda aludir à fluência da sabedoria cósmica, acumulada pelo ancião Saturno que rege o signo de Aquário, em alusão também à nova raça e à ronda que vem concluir

A Astrologia sideral pode, então, auxiliar por fim a conhecer estas energias: o signo de Aquário envolve a sabedoria cósmica e a fraternidade, valendo lembrar que o citado Pantocrator carrega um livro sapiencial que, obviamente, não representa apenas o Evangelho, mas a própria Sabedoria espiritual plena (quiçá resumida no Apocalipse de João ou mesmo nos misteriosos Livros de Dzyan...). 

O livro simboliza pois aqui a própria sabedoria iluminada, correspondendo de certa forma ao jarro-cornucópia que carrega o Aguador de Aquário quando verte sobre a Terra a verdadeira luz da sabedoria divina. Neste caso, o Todo Poderoso se revela também o Todo Sapiente, na tradicional vinculação entre poder e conhecimento, presente em tantos mitos sagrados como Miner-va/Atenas, Manjushri e Kuan Ti.

Assim, todas estas energias compõem as diferentes facetas da nova manifestação divina, por vezes formuladas desde o ângulo de avaliação de uma ou de outra doutrina do tempo.

Eis agora um “segredo de bastidores”. Uma das razões pelas quais Maitreya iluminou-se da forma como fez -à parte toda a excelente preparação prévia que realizou e as demandas destes tempos para tal-, foi justamente em função do seu genuíno amor pelo conhecimento puro, ou jnana yoga. Mais pontualmente, ele manifestou obediência ao pedido dos Mestres de abrir mão da astrologia comum -pela qual não apenas tinha grande apreço, como também vinha sendo muito bem-sucedido profissionalmente- para se preparar melhor ainda visando um futuro entendimento da Astrologia Esotérica, o que aconteceria após a sua iluminação. Ele nutria pois esta motivação íntima e demonstrara a disposição de pagar o preço pela revelação. 

Tudo isso exemplifica quantas renúncias pode haver no caminho de um Buda…

3. O Testamento Eterno

Representa um imenso privilégio para a humanidade contar com uma grande literatura elaborada diretamente por um importante Mestre. Muitas religiões acumulam grandes literaturas, mas que na realidade são elaboradas por muitas mãos, mesmo desde o seu primeiro momento. Não é difícil notar que a natureza e a própria qualidade destes ensinamentos muitas vezes é variável, dando margem para questionamentos e divisões entre os seus seguidores. Daí a importância de contar desta vez com um cânone organizado diretamente pelo próprio Buda, adquirindo assim por mérito próprio as características únicas de um “Testamento Eterno”...

Não pode haver dádiva maior do que receber uma instrução direta a respeito das coisas mais importantes, que são aquelas que dizem respeito à verdadeira iniciação e à verdadeira iluminação, tal como os passos capazes de conduzir a elas. Além de todo uma instrução metódica para conhecimentos gerais sobre a evolução passada, presente e futura da espécie humana. Mesmo que algumas lacunas possam restar aqui e ali, o seu espírito geral será capaz de inspirar na sua devida completação no tempo oportuno.

Talvez a humanidade jamais tenha tido esta oportunidade ao longo de toda sua história, inclusive por razões técnicas, já que a arte da escrita somente agora representa uma técnica fluida dentro da conta dos milênios nas quais vêm os avatares. Outra razão é que a conclusão de um grande ciclo possibilita de fato a acumulação de muito conhecimento. Como já anunciamos, esse tipo de conhecimento tem sido elaborado ao longo dos tempos, seja pelo gênio individual ou coletivo. Porém ele jamais tem sido detalhado tão didaticamente e de forma aberta para o grande público. 

Uma das mais destacadas virtudes do novo Buda é, portanto, a sua sabedoria cósmica, já anunciada nas antigas profecias budistas. Disse o próprio Gautama: “Não sou o primeiro Buda que existe, nem serei o último. No tempo devido outro Buda levan-tar-se-á no mundo, um Santo, um supremamente iluminado... um incomparável Líder dos homens... Ele vos revelará as mesmas verdades eternas que vos ensinei.” Santidade, iluminação e lide-rança. Parece nada faltar nesta profecia, digno daquele que é considerado o Último dos Avatares!

Vivemos tempos de cumprimento das profecias, de modo que todos os sinais já se acham presentes na Terra, nesta atual transição de raças. A sabedoria iluminada de Maitreya já pode ser conhecida, em toda a sua amplidão, até porque nada há mais a ocultar, uma vez que o verdadeiro desafio não está na informação, mas sim na prática, quer dizer, no entendimento pessoal dos Mistérios, tal como na ampla revelação que caracteriza a abertura das Escolas de Mistérios na eras positivas do mundo.

Maitreya é o sábio mais completo que jamais existiu. Como um verdadeiro Triplo Tesouro, a sua obra é a mais extensa, a mais profunda e a mais diversificada possível. A Diversidade da sua criação está simbolizada pela luz variada do arco-íris, fruto direto do universalismo da Sabedoria tradicional. A Qualidade do seu trabalho deriva da profundidade da transcendental. E a Quantidade ou volume se associa à amplitude perceptiva ou vas-tidão intelectual.

A luminosa sabedoria de Maitreya está plasmada em dezenas de tratados que constituem verdadeiras enciclopédias esotéricas, em torno de temas sempre muito interconectados como astrologia, geografia sagrada, sociologia holística, psicologia avançada, antropologia esotérica, filosofia perene, teosofia científica e outras.

Todas estas obras foram organizadas após a iluminação de Maitreya, contando portanto com o mais elevado grau de pureza e de energia, visando contemplar o verdadeiro universo da iniciação e da própria iluminação. As suas temáticas traduzem naturalmente as etapas de trabalhos de Maitreya enquanto Bodhisatwa e mais especialmente como Buda, ao longo da manifestação de seus kayas ou veículos cósmicos de consciência.

O Kalki Avatar é o recodificador da Civilização, o Manu que veio para edificar a nova Raça-raiz, revelar as instituições da Idade de Ouro e plasmar o caminho para se chegar até elas, atu-ando diretamente na consolidação superior da nova Raça.

Cabe beber, pois, deste grande manancial de sabedoria eterna, que somente a Era de Aquário poderia trazer, simbolizado pelo jarro-cornucópia do Aguador, nesta consumação de toda a evo-lução humana que prepara a espécie para a sua condição cósmica futura.


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