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O tempo de Maitreya

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Existe certa controvérsia acerca das verdadeiras datas sobre a chegada do Buda Maitreya, em função daquilo que afirmam as tradições budistas sobre Maitreya vir somente cinco mil anos após Gautama -coisa esta que representa, já à primeira vista, um lapso excessivo para o fluxo contínuo dos avatares.

Na acepção do Hinduísmo, por exemplo, nunca se passa mais do que uma Era astrológica (ou 2.160 anos) entre estas Vindas, que tem a missão de abrir tais Eras e também as raças-raízes. Foi assim com os dois últimos avatares de Vishnu, que foram Krisnha e Gautama Buda, havendo um lapso de 2,6 mil anos entre si. Por regra, não chega a haver um espaço tão largo entre as encarnações divinas, que são de diversas categorias. A categoria de “Buda” representa, com efeito, mais que um “avatar comum”, e na verdade corresponde a certo tipo de avatar, que seriam aqueles dez (chamados dasavatares) selecionados como principais, dentre os 22 avatares de Vishnu.

Ora, Krisnha, Gautama e Kalki (Maitreya), estão realmente incluídos entre estes dez avatares principais, de modo que o período de tempo a haver entre Gautama e Kalki, apenas poderia ser idêntico àquele havido entre Krisnha e Gautama!

Estes Budas também correspondem por vezes aos Manus que fundam as raças-raízes, porém de uma forma alternada. Apenas os Budas positivos ou “ativos” são Manus, como Krishna e Maitreya, coisa que transparece nas suas representações iconográficas e/ou nos registros de suas missões, mitos e epopéias.

Já Gautama é um Buda passivo, contemplativo, com missão de reformar e adaptar um dharma solar original que, chegado nesta altura, se acha cristalizado na forma ou na formalidade. A tarefa destes Budas lunares, é fazer a humanidade se voltar uma vez mais para o interior, a fim de que quando chegue o momento de retornar ao mundo um novo Buda solar, seja possível uma nova síntese universalista e a reunificação do espiritual e do material ou a reconciliação da forma e da essência, para que tudo retorne à Unidade original…


É sabido que muitas tradições confluem ou concordam na iconografia do avatar/profeta futuro, e esta atitude de guerreiro espiritual ornado pela espada do Verbo ou da razão superior (Logos), também corresponde em traços gerais à figura de Maitreya, cujo paraíso Tushita possui ademais muitas correspondências com o paraíso hindu (Vaikuntha) e cristão (Nova Jerusalém)

Assim, a primeira coisa a ser dita a este respeito, é que NÃO EXISTE NO BUDISMO UM SISTEMA CRONOLÓGICO REALMENTE ORGANIZADO para ser oferecido, capaz de sustentar certas afirmações avulsas e eventuais que se costuma apresentar…

É bem conhecido dos historiadores, o famoso “exagero oriental” com os números. Em parte, este costume advém de um conhecimento profundo daquelas tradições de sabedoria, acerca das realidades do universo.

Não obstante, o fato é que estamos tratando com isto de ciência, e os Antigos muitas vezes apelavam mais para a Analogia do que para a Lógica direta. Há ciência até para legitimar a própria intuição, que passa pelos esforços posteriores de corroboração e pelo cotejamento com outras informações e com os fatos em si, de modo que nem sempre as coisas são feitas com exatidão.

Os místicos, em especial, possuem uma predileção pela hipérbole e pelo paroxismo, porque isto convém à expansão da consciência que eles têm em mente. Por esta razão, não raro travestem a ciência pelo mito, a fim de melhor atingir a mentalidade popular, a qual nem costuma fazer questão da precisão científica, talvez até pelo contrário, uma vez que, em termos espirituais, a crença é realmente o seu meio…

Uma transmissão de informações, mesmo quando saída “pura” de sua fonte, está sujeita à deformação e à reinterpretação. Às vezes uma mudança aqui, pode trazer resultados ali.

Em muitas culturas se aguarda hoje a chegada de um messias, um buda, um cristo. As datas e as expectativas são necessariamente únicas, porque o tempo da evolução desta humanidade está encerrando e se aguarda apenas mais um Advento para fechar este ciclo cósmico médio ou quaternário, responsável pela evolução da espécie humano-humana ou o homo sapiens. O Hinduísmo é explícito a este respeito, e outras tradições o fazem de forma sugestiva ao tratar do “fim dos tempos” de maneira ampla.


De modo que o tempo de Maitreya é chegado. As visões de místicos arrebatados não era ilusão. Muitos grandes sábios têm profetizado este dia.

Os teósofos disseram que Maitreya virá na sétima sub-raça árya, que é a sul-americana. Bem entendida, esta raça se extingue em 2012, fim de um ciclo racial de cinco mil anos (com sete sub-raças de 700 anos), e também término do Kali Yuga racial. A tradição afirma que o Kalki Avatar virá para encerrar o Kali Yuga, e na verdade é o mesmo que deveria ser dito de Krishrna, que veio num momento análogo de renovação racial, e não que ele veio abrir um Kali Yuga como se costuma dizer.

Na esteira do movimento teosófico, que tentou projetar um messias para o mundo, grandes esoteristas e profetisas anunciaram a vinda de Maitreya ou do Cristo. Merece destaque os nomes de Helena Roerich e de Alice A. Bailey. Esta última comunicou haver um Plano de preparação da humanidade para a Nova Era, a ser encerrado na virada do milênio com a chegada dos Mestres, com destaque para o Cristo.

Se o ano 2 mil não chegou a representar algo definitivo neste sentido, é certo que o 2012 tratará de fazê-lo, por ser uma data vinculada ao próprio Hinduísmo (embora de origem maia-nahua) e advir de uma grande tradição de sabedoria, tratando da transição das raças-raizes. É na verdade a única grande data profetizada da Humanidade, e provém de uma cultura que possuía um domínio único dos ciclos da humanidade.


Da obra "As Luzes do Pramantha", LAWS, Ed. Agartha, AP

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