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Devayana: O Sendeiro dos Deuses

O aristocrático Buda Maitreya

"...um novo Veículo, Devayana, o "Sendeiro dos deuses" (ou dos Anjos), voltado para a Nova raça em seu alinhamento com o plano dévico."
O Livro do Dharma

Uma das formas de designar a nova expressão do budismo universal é como o "Caminho dos Deuses", Devayana, por sua dimensão espiritual própria.
Tratam-se das energias com que trabalha a Nova raça em geral, que ao ser a 6ª Raça-Raiz, ativa as energias do 6° Plano, que é o Dévico, ou seja, o plano em que as energias cósmicas adquirem um verdadeiro padrão de consciência.
E esta realidade diz respeito a uma especial abordagem plenária do universo. O cânone senário representa um inventário completo da dialética cósmica, seus pares de opostos formando um Todo, se bem que não necessariamente integrado em seu conjunto, mas sim em processo de integração.
Tal coisa corresponde as direções cósmicas e tem a ver com os mistérios dos Três Espelhos, abordados de algum modo pelos nahuas e maias, pelos gregos, pelos hebreus, etc.
Na Bíblia, encontramos em vários momentos a presença dos anjos. Aqueles que mais deperto dizem respeito com o presente, são os descritos pelo Apocalipse de São João, na hierofania em que surgem com seis asas (Ap 4,8), no mesmo sentido em que os deuses nahuas e hindús muitas vezes ostentam seis braços, que por vezes também se apresentam simplificadamete como quatro braços , nisto se assemelhando por sua vez a uma descrição bíblica paralela em Ezequiel. Esta última apresenta um simbolismo importante porque integra a famosa mitologia da carruagem celeste, a Mercabah, onde as rodas representam engrenagens cósmicas relacionadas a ciências espirituais como a Astrologia, a Cosmologia, etc.
Ora, esta abordagem plenária do cosmos corresponde a Brahmavidya, a "Ciência da Criação", que fundamenta esotericamente as práticas do Brahmanismo.
No Brahmanismo, a expressão Devayana representa o sendeiro dos deuses, as várias regiões em que se deve passar até chegar ao paraíso de Brahma. Tal coisa não é distinta das seis esferas do Budismo, contidas no Bhavachakra.

A TRADIÇÃO DEVAYANA*

Ainda que a expressão devayana ("caminho dos deuses") tenha sido recentemente atribuída ao budismo, sua origem é antiga na Índia e indica o caminho para o paraíso. No Brahmanismo, existe uma conotação na qual os deuses se dirigem através desta via ao mundo passageiro de Brahma, terminando por representar assim um Sendeiro de Retorno. No Yoga, é a forma como é referido o nadi Pingala, de natureza solar. Diz o Uttara Gita: "Pelo lado direito se extende o nadi Pingala, brilhante e refulgente como um grande círculo de fogo (o sol); este produto de virtude (Pingala) é denominado 'veículo dos deuses'" (II, 11).
Deste modo, encontramos na tradição hindu várias referências a este caminho solar de iluminação, ou a este aspecto positivo e superior da espiritualidade que hoje caracteriza a nova expressão do Budismo.
O veículo budista mais próximo ao Devayana é a linha Vajrayana, de natureza mental e ritualística. Porém, a síntese Devayana é ainda mais avançada, alcançando o plano da matese ou da realização ativa, graças aos vínculos hierárquicos presentes. Da mesma forma como os tibetanos afirmam que o Mahayana se encontra "dentro" do Vajrayana, este também se acha incluído pelo novo veículo. De fato, cada veículo "contém" de forma especial ao anterior.
Todo carro estável possui quatro rodas. A quarta e última etapa está sendo elaborada nesta Nova Era, especialmente no Brasil, ainda que suas bases estejam no Budismo Tibetano e nas diferentes formas de Deva Ioga.



O Devayana se caracteriza como ocultamente intuitivo e altamente pragmático. Atuando todo o tempo com a representação e a dramatização do processo de iluminação, trata-se de uma Escola de Quarto Caminho e, mais que isto, de pleno Sendeiro de Retorno, voltada para as realizações finais do ser humano, surgindo num momento em que a humani¬dade deve conhecer a iluminação de uma forma massiva, não apenas para o surgimento dos novos arhats, mas de toda uma nova humanidade, na expressão da Quarta Raça sagrada (ou da Sexta Raça-Raiz), a Americana.
O novo budismo é a um só tempo renovador e tradicional. Seus profundos recursos resgatam inúmeros aspectos ocultistas, reunidos numa síntese dinâmica. O antigo budismo –especialmente a rama tântrica preservada no Tibet–, é incorporado ao lado das modernas revelações da sabedoria da Loja Branca, tal como a Teosofia (que ficou conhecida entre outras formas como "Budismo Esotérico") e seu desenvolvimento através da Filosofia Esotérica de Alice A. Bailey, empregados como base de uma nova revelação, posto que o "caminho dos deuses" reflete a Tradição da Cúpula de Cristal dedicada à Hierarquia dos Mestres e dos Anjos que entra atualmente em vigor.
O Budismo surgiu sob o raio da Harmonia-Mediante-o-Conflito, daí haver desenvolvido o Caminho-do-Meio. A transcendência mediante o equilíbrio é uma das grandes características budistas. O chamado "vazio" (sunya), em suas várias expressões, é apenas a consciência neutra ou equilibrada dentro de algum par de opostos. O Budismo Devayana atua diretamente com estes pares de opostos, através dos chamados "Espelhos de Sabedoria". Ele busca estes relacionamentos através de seu inventário dimensional, que inclui especialmente os princípios de hierarquia, de tempo, de espaço e de gênero. Tratam-se, pois, dos aspectos fundamentais da existência, as bases sobre as quais toda a vida está assentada. E sobre estas quatro bases, surgem as Três Grandes Verdades do Dharma Tushita (ou da Felicidade, tushti):

1. O Ser Humano está destinado à Felicidade;
2. A Felicidade reside no Equilíbrio;
3. O Equilíbrio se assenta na Doutrina dos Espelhos de Sabedoria.

Observamos assim que, ao contrário do dharma negativo de Gautama, este focaliza não a dor da existência (tat), mas a felicidade do ser (sat). O próprio vazio não é em si uma meta, posto ser uma condição instável. Ele é colocado como algo dinâmico, na base para algo mais elevado, através de um novo plano de relações. Estes pares de opostos são vistos assim como elementos a serem percorridos no rumo da consumação da condição humana.
O Devayana é assim o veículo dos deuses ou dos iniciados, aqueles que buscam a síntese atuando diretamente sobre as dimensões contrárias e complementares, convertendo as dualidades em dialética. Os devas ou anjos representam também estas energias elementares e as próprias forças da iniciação.

* O Pentalfa, Outono 2001, pgs. 3-4, Sociedade Universalista Nova Albion, PoA, LAWS

Da obra "Dharma - a Canção da Vida", Luís A. W. Salvi (Dzopa Gyatso).


* Luís A. W. Salvi é autor polígrafo com cerca de 150 obras, e na última década vem se dedicando especialmente à organização da "Sociologia do Novo Mundo" voltada para a construção sócio-cultural das Américas.
Editorial Agartha: www.agartha.com.br
Contatos: webersalvi@yahoo.com.br 
Fones (51) 9861-5178 e (62) 9776-8957

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MAITREYA SANGHA

Um comentário:

  1. Maytréia, sintetiza o Budhismo e o Cristianismo, como experiência útil, da evolução Humana. Ainda, acrescenta o Novo para ser Trabalhado na Era Aquariana que externará os seus reflexos em todos os ramos do desenvolvimento humano ! Essa síntese útil de que falo, é reflexo do que reside no BODISMO (diferente de Budismo), relacionado à Árvore de BODI ou do Conhecimento !

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