.......................APRESENTAÇÃO .............HOME.............INICIAL ..........EDITORA............ VIDEOS............ GRUPOS............ GLOSSÁRIO

Sarvagatha Dharma: A Lei Plenária


Sarvagatha Dharma em sânscrito, (significa) literalmente “aquele que se extende para todas as direções”, e em termos filosóficos universais, o “Universalismo”.
O Livro do Dharma

Como tudo o mais, as leis espirituais evoluem e se completam. Assim também se passa com o Budismo. Com a chegada dos novos ciclos, o antigo Dharma budista se vê coroado por uma nova fórmula que o completa e amplia. A nova verdade racial se integra com os antigos trabalhos espirituais realizados especialmente no Oriente, mas que também vem sendo trazidos para o Ocidente neste final de ciclo.
Todos conhecemos a doutrina de Gautama Buda, baseada na constatação da ignorância da verdade espiritual, na identificação da origem desta ignorância nos apegos materiais, na possibilidade de sua supressão pelo desapego da matéria, e nos caminhos para a sua superação através de atividades materiais, morais e espirituais corretas.

Este dharma é chamado Sunyata Dharma, ou Lei do Vazio, e consiste num processo espiritual coletivo destinado a purificar o espírito. Destina-se também a depurar a consciência racial de uma série de conceitos antigos de casta, religião e ordem, sempre que estes preceitos se encontrem desgastados. Isto não significa portanto que tais conceitos sejam maus em si mesmos, mas sim que, com o tempo, eles se esvaziam em suas essências, cabendo então neutralizar estes conceitos através de um dharma de Vazio ou de desapego às formas.
Tal processo é cíclico na história das religiões. Um ciclo de estruturação institucional é seguido por outro de esvaziamento das formas. E este por sua vez servirá de base para uma futura estrutura formal de civilização.
Pois bem; este último representa o novo momento espiritual, ou seja, estamos novamente diante de um ciclo no qual a forma volta a servir de meio para o espírito, tal como ocorreu na última Idade de Ouro, há cerca de 5 mil anos atrás.
Para fazer frente a este momento, ressurge o tradicional Sanat Dharma, ou a "Lei Eterna" dos hindus, também chamado no Budismo de Sarvagata Dharma ou "Lei de Totalidade", base do Dharma novo Buda. Este consiste então de três Grandes Verdades:

AS TRÊS GRANDES VERDADES (MAHA SATYATRI)

1. TUSHTÎ ou "Felicidade" (Maha-Arhati)
Definição: O homem se encontra destinado à Felicidade.

2. TULA ou "Equilíbrio" (Sarva-Santocha)
Definição: Toda a Felicidade reside no Equilíbrio.

3. MAYATRI ou "As Três Mães" (Marga-Turîya-Kâ)
Definição: (pela "Doutrina dos Espelhos")

A "Doutrina dos Espelhos" é em si mesma uma síntese de todos os dharmas e de todas as dimensões do universo, devidamente harmonizadas e equilibradas entre suas dualidades. Eis abaixo a sua formulação:

A DOUTRINA DOS ESPELHOS

Assim como é em cima é em baixo;
eu e meu próximo somos um em Deus;
o passado se repete no futuro;
o masculino se identifica com o feminino;
o interior se reflete no exterior.
E vice-versa em todos os casos.

Estas sentenças de harmonia edificam, pois, os decretos Universais de Unidade. Neste conjunto, o princípio de Hierarquia ("assim como é em cima é em baixo") foi trazido por Hermes Trismegisto, o princípio de Causalidade ("assim como foi no passado será no futuro") pelo Hinduísmo, o princípio de Identidade ("eu e o próximo somos um no amor de Deus") pelo Cristianismo, a dialética de Totalidade ("o interior se reflete no exterior") é especialmente trabalhada pelo Taoísmo, e o princípio de Polaridade ("o masculino se reflete no feminino na unidade das formas") é um aspecto a ser desenvolvido agora com Maitreya, na medida em que requer uma expressão plena do ser humano, representando a coroação de todos os dharmas.
No dharma de Gautama, tivemos o estabelecimento de um determinado fundamento mental –prajna–, para em seguida, sobre u'a mente purificada, elaborar uma nova situação consciencial que se manifestaria como compaixão (karuna) e simpatia (maitri). O dharma quaternário de Sidarta referia-se à dor inerente à esfera da manifestação material sujeita à ilusão e ao desequilíbrio, apontando para a sua neutralização. Ao passo que o dharma ternário de Maitreya alude à felicidade verdadeira e sagrada de se poder vivenciar o cosmos na sua plenitude, através do perfeito equilíbrio dos opostos, dando lugar à auto-realização plena na experiência da síntese interdimensional.
De certa forma dir-se-ia, portanto, do novo Dharma de Maitreya, em relação ao antigo de Gautama, o mesmo que Jesus proferiu sobre seu papel em relação à velha Lei de Moisés, isto é, que veio não para revogá-la, mas para completá-la, ou senão para coroá-la, uma vez que cada dharma apenas pode ser edificado sobre os fundamentos anteriores.
A prática e o estabelecimento da percepção do vazio ou de Maya, é em si uma técnica preliminar essencial à didática búdica, e será novamente reimpartida à humanidade no conjunto da didática de sua fomação consciencial (e da prática meditativa, como é normal), porém agora calcada sobre novos fundamentos, adaptados ao mundo moderno, como por exemplo, com o devido esclarecimento acerca de sua função apenas provisória e, sobretudo, providencial. "Maya" agora, purificada, se tornará um meio de liberdade real para o homem, e não apenas de aprisionamento e libertinagem.
Diga-se então que, para Maitreya, a Verdade não é Vazia: ela é Plena. E isto não representa apenas distinções semânticas, mas dife¬renças de pontos de vista. O ocidental é dinâmico, e não poderia jamais acatar um Dharma vazio.
Os novos arquétipos raciais estão presentes nas escrituras dos povos, especialmente nas suas profecias.

Da obra "Dharma - a Canção da Vida", LAWS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário