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Mayatri: A "Terceira Grande Verdade


Nos últimos 2.500 anos o homem vem trilhando caminhos de resgate interior, pois esta é a natureza das grandes filosofias que tem impulsionado estas civilizações. Este processo chega em nossos dias ao seu auge, uma vez que 2.500 anos é o período limite para qualquer dharma. Por isto tais civilizações entram em bancarrota. Suas instituições não são suficientes para fazer frente às novas necessidades mundiais, e a própria civilização entra em decadência ou volta-se para dimensões mais complexas e desafiadoras, exigindo novas respostas da humanidade. E estas respostas surgem sob medida através dos sábios das raças especialmente predestinadas a gerar o novo. Pois ainda que surjam neste processo expressões materiais polêmicas, elas necessariamente serão apenas o reflexo deformado ou parcial de Verdades perfeitas que animam o mundo.
Considerando que a humanidade tem realizado o seu resgate interior, ele deve agora se conscientizar e aproximar as dimensões trabalhadas na sua evolução. Deve reunir os pares de opostos buscando novas sínteses, pois será isto que a levará novamente à Unidade e à Perfeição.
Todo este processo está particularmente contemplado no novo dharma do Buda Maitreya, através da dialética dos chamados Espelhos de Sabedoria, que inventariam e reunem todas as dimensões do cosmos.
O caminho dos Espelhos de Sabedoria representam a Terceira Grande Verdade do novo Dharma, e o trabalho com estes Espelhos visa conduzir ao Equilíbrio, que é por sua vez a Segunda Grande Verdade do novo Dharma, e através deste equilíbrio alcançar por fim a unidade, vista especialmente como Felicidade, nome da primeira Grande Verdade do Dharma de Maitreya.
No Caminho dos Espelhos, trabalha-se basicamente com quatro pares de opostos, os quais também podem ser encontrados em várias filosofias do mundo, como nos 8 trigramas do Taoísmo ou na Ógdoade egípcia e suas 4 parelhas elementares, além de corresponder aos quatro Tezcatlipocas ou Bacaabs ("Espelhos Fumegantes") dos pré-colombianos. Em termos gerais, o budismo se vale do símbolo do espelho para representar a visão perfeita e a percepção clara dos fatos, sem as distorções de miasmas pessoais que constituem os "três venenos" do desejo, da cólera e da inveja. Certas correntes ocultistas empregam espelhos para ter acesso a outras dimensões. Como as águas, o espelho tem a capacidade de refletir o Plano Astral e revelar as coisas ocultas.
A simbologia dos espelhos na filosofia é, portanto, antigo, assim como o emprego de espelhos na magia é uma tradição. O ensinamento dos Espelhos de Sabedoria traduz estes princípios universais numa nova linguagem. Particularmente associado ao elemento "Água" por razões óbvias, a filosofia dos Espelhos de Sabedoria apresenta uma natureza psíquica, servindo como elo universal entre as novas verdades raciais e os novos processos hierárquicos, sendo assim capaz de conduzir a uma esfera ou a outra. Todo o verdadeiro dharma apresenta esta universalidade, que não se colore por elementos particulares mas serve como pano-de-fundo para a emergência das verdades pessoais. Neste sentido, o Dharma de Maitreya é também um resgate de Sanat Dharma, nome que recebe o Hinduísmo na Índia, significando "Verdade Eterna" ou "Filosofia Perene".
Os historiadores profanos comumente proclamam que o Hinduísmo manifesta ampla capacidade de adaptação e tolerância às novas religiões, razão pela qual ostenta "mais de 300 mil deuses". Na verdade, o Hinduísmo sabe harmonizar as duas concepões de tempo, o tempo linear e o tempo circular, de modo que ele se abre também à evolução, ao mesmo tempo em que preserva a tradição. É esta exatamente a grande característica de Sanat Dharma e aquilo que assegura a sua perenidade.
Os Espelhos de Sabedoria são por isto uma expressão da Totalidade. E representando um tal inventário das energias cósmicas, elas naturalmente incluem as linhas diretrizes de todos os dharmas locais. Assim é que o Espelho de Hierarquia, que reflete o Superior e o Inferior, figura no Hermetismo através do princípio de que assim como é em cima é em baixo e vice-versa; o Espelho de Gênero, refletindo o Positivo e o Negativo, surge no Taoísmo mediante o parelo entre Ying e Yang; o Espelho de Tempo, que reflete Passado e Futuro aparece no Hinduísmo e no Judaísmo através da idéia do carma ou de causa-e-efeito; e o Espelho de Espaço aparece no Budismo com a análise da correlação entre o interior e o exterior. Estas quatro polaridades, presentes nos oito raios da Roda da Lei (Dharmachakra) no Oriente, demonstram pois que o novo dharma vem reunir todas as antigas filosofias.
O homem apenas pode crescer e evoluir quando tem consciência de totalidade, quando sabe abranger e incluir. Esta consciência representa a base ética que dá acesso às matrizes energéticas do nosso futuro, ao nosso arquétipo eterno e perfeito, no qual todas as dimensões se acham em harmonia.

Da obra "Dharma - a Canção da Vida", LAWS.

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