O NOVO BUDISMO DE PLENITUDE (SARVA) DE MAITREYA, É A "OUTRA MARGEM DO RIO" DO SAMSARA, PARA ALÉM DO ANTIGO BUDISMO DE VAZIO (SUNYA) DE GAUTAMA.
Mahasatyatri: As Três Grandes Verdades
...as novas Verdades falam o oposto do que Gautama pregou, indo além do antigo Dharma; daí lhe serem complementares. Elas possibilitarão à humanidade a iluminação real daquela consciência purificada e adquirida, ou seja, a disposição de novos campos positivos de atuação, porém superiores, graças aos grandes ideais despertos na alma grupal.
O Livro do Dharma
ao lado: O Buda-Trino (Maitreya-Gautama-Chenrezig). A tríplice missão ou o corpo-trino (trikaya)
O estilo de formulação do Dharma em Maitreya, é em tudo análogo a Gautama. Todavia, existe uma diferença fundamental de Propósito entre ambos, trazendo a troca de direções das energias em seus postulados. O dharma de Gautama é negativo, e o dharma de Maitreya é positivo. Assim, a base do Sunyata-Dharma, que é a existência Dor, deve ser negada. Ao passo que a base do Sarvagatha-Dharma, que é a possibilidade da Felicidade, deve ser procurada. Os Caminhos propostos em cada dharma, servem então a estes Propósitos.
Isto corresponde também à diferença entre Trindade e Ternário, conforme é apresentado no Livro do Dharma ("Tushita - o Reino da Felicidade", Ed. IBRSASA, SP, Capítulo 6).
Contudo, o dharma de plenitude de Maitreya, parte de bases anteriormente implantadas pelo dharma de pureza de Gautama. É a santidade sendo coroada pela excelência. Por isto o novo dharma parte daqueles conceitos que embasavam e coroavam o dharma de Gautama, como a compreensão da dialética cósmica o Vazio inerente, assim como os princípios-síntese de outros Avatares, reunindo-os e desenvolvendo-os nas suas múltiplas expressões (Mayatri), visando a Totalidade, manipulando-os extensivamente através das Ciências sagradas, bem orientadas e empregadas, de forma científica e ética. Com isto se chega a um equilíbrio (Tula), o qual emprega o conhecimento iluminado como base, proporcionando uma síntese adequada, que é o Vazio em si. Uma nova síntese dos graus de Vazio é elaborada, até que a matese (realização) é alcançada, proporcionando a derradeira Felicidade (Tushtî).
Assim, a rigor Maitreya refaz de início a análise cósmica de Gautama e também de outros Avatares como Thot e Jesus, ampliando-as numa espécie de recapitulação histórica. Codifica em forma de ciências suas energias, capazes de fornecer o devido equilíbrio pelo domínio de todas as suas facetas e ritmos. Esta é a Etapa Mayatri-Tula. Quando se gera o domínio das várias ciências, têm-se as sucessivas iniciações, que culminam no Grande Espelho, ou a Iluminação. É então a etapa Tula-Tushtî.
1ª Grande Verdade: TUSHTÎ
Tushtî é o dom da felicidade inerente à toda natureza divina. Mesmo na dor, o sábio iluminado compreende que trabalha pelo Bem, e recebe consolos divinos por seus esforços, assim como a esperança de alcançar tudo o que deseja e necessita em suas puras, justas e elevadas aspirações.
Algumas grandes Metas-chaves sintéticas são dispostas neste quadro, configurando por fim uma matese final. Enumeram-se assim três Sínteses, expressas e concretizadas como: a. Saúde Perfeita (nível físico); b. Almas-Gêmeas (nível psíquico), e c. Mente Criadora (nível mental).
A Grande Meta final que se obtém pela reunião de tudo é, certamente, a Iluminação, que proporciona poderes sobre o corpo físico e, com isto, sobre a própria Morte...
Na Nova Era, sob a orientação do dharma, a Iluminação é alcançada de fato, e não como mera hipótese no pós-morte como nos tempos atlantes. A Sangha do Novo Mundo comporta massivamente potenciais exatos para esta suprema Conquista.
Esta etapa se relaciona ao Novo Ashram e ao Espírito divino ou Dharma¬kaya.
2ª Grande Verdade: TULA
Tula é o sendeiro-de-equilíbrio que leva ao Estado Feliz. O equilíbrio pode ser procurado sob muitos ângulos. Pode parecer que o equilíbrio não leva muito longe, no que diz respeito às grandes conquistas do espírito. A imagem das montanhas e do vôo das águias soariam mais compatíveis. Mas, se pensarmos o quanto o homem está distante da verdade, então compreenderemos que o equilíbrio é algo raro e também elevado. Equilíbrio nos relacionamentos, na forma de se nutrir e de se vestir. Equilíbrio nos gastos financeiros e no uso dos recursos naturais. Equilíbrio nos ritmos pessoais e no emprego do tempo.
Basta pensarmos no seguinte: a verdadeira natureza humana pode chegar a ser uma coisa muito elevada, quando nos consideramos verdadeiros filhos de Deus. Como trata o mundo e a sí próprio um filho de Deus? Certamente com todo o respeito. Ele será comedido e harmonioso. Respeitará todas as formas de vida, relacionando-se com elas de forma suave e leve, sem provocar maior impacto sobre o ambiente. Esta parcimônia apenas qualifica as atividades em questão, que podem ser físicas (como a nutrição), psíquicas (como o amor conjugal) ou mentais (como a busca de conhecimento e informação).
De início, estamos falando, é claro, do vegetarianismo, o qual, longe de ser qualquer medida radical, é na verdade um caminho-do-meio alimentício, posto que a dieta ideal do homem seria o frugivorismo, o qual, este sim, não estebelece nenhum nível de dano para a Criação, e nem para a própria Criatura. De qualquer forma, elimina-se por completo o carnivorismo para aqueles que desejam realmente entrar no Reino, posto que até nas profecias dizem que os leões comerão feno com o boi (mesmo que haja um conteúdo antes simbólico nisto). Basta lembrar o alimento que Deus prescreveu ao homem no princípio, no Paraíso: "Eu vos dou todas as ervas que dão semente, que estão sobre toda a superfície da terra, e todas as árvores que dão frutos que dão semente: isto será vosso alimento" (Gênesis 1,29). E nisto está o melhor símbolo do vegetarisnismo: frutos, nozes, cereais, vegetais e legumes. Embora se possa empregar também laticínios com parci¬mô¬nia. Hoje em dia se pode fazer muita coisa com estes elementos, de modo que apenas a ignorância justifica a persistência na dieta carnívora.
O alimento físico é certamente uma base. Sobre ela se estrutura o psíquico, e sobre este o mental. Obviamente, o físico deve ser sempre o mais fácil e tangível. Aqueles que adentram na espiritualidade sem ter em conta adequadamente as reais necessidades do veículo físico, não asseguram bases sólidas para as realizações superiores. Afinal, não são apenas elementos físicos que se encontram envolvidos nisto. O vegetarianismo traz também um forte componente de compaixão por toda a vida, assim como uma compreensão mental das leis naturais e da evolução. É por estes últimos, de fato, que serve de base efetiva e credencia para evoluções posteriores.
O Novo dharma prescreve, através do Apocalipse de São João: "ficarão de fora os assassinos e os homicidas". E isto não se limita, na verdade, ao crime supremo de matar outro ser humano, embora até o pareça. Toda a morte animal está incluída. É claro que o homicídio pode ter várias fontes, entre elas o fanatismo político, religioso e amoroso. Mas também o suicídio tem tantas vertentes, sobretudo o suicídio lento através do uso de entorpecentes, que distorcem a natureza deste templo divino dado a cada um que é o corpo físico. A coragem de buscar crescer e se curar é um elemento vital. Por isto diz o Apocalipse: "Ficarão de fora os covardes".
Quem julga difícil disciplinar o físico a este nível elementar –como: não fumar, não comer carne e não agredir– deve deter-se e refletir profundamente sobre suas condições existenciais. É natural que o mundo antigo traga tantas crises e conflitos. Mas o panorama aberto pelo dharma, deve motivar a todos, sem excessão, a se regenerarem, a se modificarem, e a se aperfeiçoar. São tremendas as perspectivas de auto-realização no dharma.
Tanto é assim, que as etapas seguintes que se abrem àquele que sabe disciplinar-se de forma elementar seus sentidos, afastando-se de vícios, é o equilíbrio nos relacionamentos, inclusive conjugais, o que capacita o indivíduo a chegar à conhecer sua Alma-Gêmea, trazendo-lhe as mais belas e ini¬magináveis experiências e felicidades. E isto tampouco é mera hipótese. Pois, no dharma, isto se constitui uma verdadeira Ciência, com suas bases, meios e fins, científica, filosófica e epistemologicamente implantadas. O novo dharma prescre¬ve, através do Apocalipse de São João: "ficarão de fora os cães, os impúdicos e os fornicadores". Assim, a pureza e a castidade são virtudes valorizadas, tendo em vista o amor universal que inclui é claro a forma suprema do contato com a Alma-Gêmea, a única que de fato proporciona aquela síntese sagrada entre castidade e sexo, mas a qual apenas pode ser reconhecida a partir do nível da Alma; razão pela qual torna-se essencial despertar esta dimensão dentro de cada um, através da religião, da devoção, da fraternidade, da compaixão e da indenidade. Diz o Apocalipse: "Ficarão de fora os infiéis".
No mesmo sentido, a Mente deve ser mantida pura e elevada, voltada para assuntos superiores e não se macular ou poluir com coisas mesquinhas e menores. Naturalmente, isto precede toda a possibilidade de se deter em assuntos tão elevados como as verdadeiras Ciências sagradas. Deve ser treinada e refinada. A veracidade deve ser sempre fomentada, de modo a não se cair no vazio e atrair carma. Está escrito no Apocalipse: "Ficarão de fora os que amam ou praticam a mentira".
Nos melhores casos, a auto-realização emocional plena adquirida pelo contato cabal com a contraparte que nos completa, proporciona base ideal para uma mente estimulada, sadia e iluminada, apta a galgar as mais altas es¬feras de conhecimento –e também servir como instrumento para captar energias cósmicas. Pois o que tem-se em vista aqui é mais que a "Mente Iluminada" do Budismo, conhecida como Bodhicitta: é a "Mente Criadora", Bodhichchhâ. Esta Mente poderosa deve ser adquirida pelo: a. treinamento individual com o Dharma, b. pela comunhão com a Sangha e, c. também pela influência do Buda e seus Ar-hats.
Esta etapa se relaciona à Nova Raça e à Alma divina ou Sambho¬gakaya.
3ª Grande Verdade: MAYATRI
Mayatri é a análise cósmica que pode nos conduzir a Tula e daí a Tushtî.
As Ciências espirituais devem ser encaradas com sabedoria, e o Ashram oferece os meios para isto. As Ciências tradicionais recebem hoje um grande impulso, pois é forte o interesse das pessoas por estas expressões mais sutis de conhecimento, na entrada da Nova Era –até porque os tempos apontam claramente para uma síntese entre todas as formas de conhecimento.
Porém, sob a influência do mundo corrupto e material, a forma como tem sido praticadas tornam dúbios os seus efeitos. As ciências sagradas devem seu usadas para redimir o mundo, ao invés de se deixar que o mundo é que corrompa tais ciências.
Vale lembrar então, que o Apocalipse prescreve que não entrarão na Cidade Santa (ou seja, no universo do Dharma) "os adivinhos, os magos e os idólatras".
As Ciências sagradas são reveladas de fato aos estudantes do Dharma, como tem sido feita em grande parte já, servindo isto como base segura para a vindoura síntese. São apresentadas como formas puras e científicas de conhecimento cabal, codificadas sobre as estruturas de experiência nos diversos níveis de construção do Ser. A base para isto é, claro, a Ciência do Microcosmo, elaborada pela Encarnação divina, que de resto, é a primeira que a configura de forma pefeita e cabal.
Esta etapa se relaciona à Nova Era e à Personalidade divina ou Nirmanakaya.
Da obra "Dharma - a Canção da Vida", LAWS.
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